IMA abre inscrições para veterinários interessados na capacitação do Programa Nacional de Sanidade dos Equídeos

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IMA abre inscrições para veterinários interessados na capacitação do Programa Nacional de Sanidade dos Equídeos

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Programa inclui a capacitação na coleta e envio de amostras para testes de diagnóstico de mormo com finalidade para trânsito de equídeo
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BELO HORIZONTE (8/6/2018) - O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) abriu em 6 de junho as inscrições para a Capacitação sobre o Programa Nacional de Sanidade dos Equídeos (PNSE), voltada para médicos veterinários sem vínculo com a administração pública, interessados em se habilitar para realizar a colheita e envio de amostras para testes de diagnóstico de mormo, com finalidade para trânsito de equídeo.

A referida capacitação é um dos pré-requisitos para a obtenção da habilitação, obrigatória, instituída com a publicação, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Instrução Normativa n° 06, que aprova as Diretrizes Gerais para Prevenção, Controle e Erradicação do Mormo no Território Nacional.

O Gerente de Defesa Sanitária Animal do IMA, Guilherme Costa Negro Dias, explica que a nova IN, avançou no sentido de integrar esses profissionais de forma mais clara às ações de defesa sanitária animal relacionadas ao combate da zoonose mormo.

A capacitação do médico veterinário privado, específica sobre o PNSE, envolve a apresentação a esses profissionais do arcabouço legal que rege as ações do Programa, sobretudo da própria IN 6/2018 e daquelas de defesa sanitária animal.

A capacitação ressalta as responsabilidades que serão assumidas pelo médico veterinário, ao ser habilitado, bem como deixa claro que o não cumprimento das disposições informadas poderá ocasionar a suspensão ou cancelamento da habilitação pelo Mapa, estando o profissional também sujeito às demais sanções penais vigentes.

Importante:

- Em Minas Gerais, os médicos veterinários habilitados somente poderão coletar soro de equídeos que se encontram em estabelecimentos cadastrados no IMA, e o número do cadastro do estabelecimento, composto de 11 dígitos, deverá ser obrigatoriamente registrado no formulário de requisição para teste de diagnóstico laboratorial de Mormo e/ou AIE;

- O Serviço Veterinário Oficial (SVO) de Minas Gerais, somente capacitará e habilitará médicos veterinários com inscrição primária no CRMV-MG, porém os profissionais que detenham inscrição secundária no CRMV de Minas Gerais, deverão acessar o site do IMA, de forma a ter acesso ao Manual de Capacitação disponibilizado, se inteirando das normas específicas de defesa sanitária animal do estado de Minas Gerais.

O Gerente de Defesa Sanitária Animal do IMA salienta a satisfação de ter os médicos veterinários privados como parceiros nas ações envolvendo a vigilância epidemiológica das doenças alvo do SVO e informa:

- Para ter acesso a todas as informações sobre o processo de habilitação, o médico veterinário interessado deverá acessar o site do IMA www.ima.mg.gov.br e clicar no banner “Habilitação para Mormo”, sendo encaminhado aos links disponibilizados para acesso às orientações, ao manual de capacitação, aos principais atos normativos, à inscrição e à prova.
O prazo final para as inscrições se encerrará às 12:00 hs do dia 20/06/2018 e o prazo de acesso à prova, encerrará às 17:00 hs do dia 20/06/2018.

A doença - O Mormo é uma doença causada pela bactéria Burkholderia mallei, que acomete equinos, asininos (jumentos) e muares (burros e mulas). De forma acidental pode acometer pequenos ruminantes e o homem por contato com as secreções provindas dos animais acometidos. Animais carnívoros que se alimentarem da carne de animais acometidos, poderão ser infectados.

Boa parte das infecções ocorre pela via digestiva, por ingestão de alimentos e água disponibilizados em cochos coletivos, contaminados com secreções de animais doentes. Além da via digestiva, esta doença pode acometer os equídeos por via inalatória (perdigotos), ou contato direto entre os animais, e uso compartilhado de fômites, sem prévia desinfecção, contaminados.
Para os animais não existe tratamento, cura e nem vacina, de forma que quando infectados deverão ser eutanasiados.

O homem adquire a doença ao entrar em contato com as secreções eliminadas pelos animais doentes. A bactéria entra no corpo através de cortes na pele e através das mucosas, como as dos olhos e nariz.

Caso haja suspeita da doença no homem, cujos sinais clínicos são semelhantes aos apresentados nos casos de gripe, ele deverá ser encaminhado imediatamente ao médico, relatando o histórico de contato com animais doentes e o tipo de contato, pois para o ser humano existe tratamento no início da doença.

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