Secretária de Agricultura, Ana Valentini, participa de Workshop sobre a pecuária leiteira no Brasil e na Nova Zelândia

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Secretária de Agricultura, Ana Valentini, participa de Workshop sobre a pecuária leiteira no Brasil e na Nova Zelândia

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Modelo bem-sucedido do país neozelandês pode ser adaptado para a realidade mineira para melhorar eficiência e competitividade
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BELO HORIZONTE (06/09/2019) – A secretária de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ana Maria Valentini, participou, nesta sexta-feira (6/9), do Workshop “Fundamentos de Produção e Qualidade do leite da Nova Zelândia e do Brasil”. O evento foi promovido pela Embaixada da Nova Zelândia, com o apoio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), com o objetivo discutir temas relacionados à pecuária leiteira desenvolvida no Brasil e no país neozelandês.

Ressaltando a importância do estado, que é a principal bacia leiteira do país, com produção de 8,9 bilhões de litros (27% da produção nacional), a secretária de Agricultura, Ana Valentini, falou sobre a iniciativa. “É preciso buscar o conhecimento, sempre. É com a ciência que vamos fortalecer não apenas o segmento agropecuário, mas toda a economia de Minas. Além de buscar novas tecnologias, é preciso, também, buscar conhecimento de gestão, porque, muitas vezes, as falhas estão concentradas no gerenciamento da atividade e não na produção”.

A secretária destacou, também, a importância da produção de leite na produção de queijos artesanais, atividade tradicional no estado. “A qualidade dos queijos mineiros está conquistando mercados dentro e fora do país. E não se faz queijo sem leite. Por isso, a troca de conhecimentos é fundamental para toda a cadeia produtiva”, avalia.

As palestras abordaram as experiências bem-sucedidas da Nova Zelândia, que podem ser adaptadas para a realidade brasileira e pelos produtores mineiros. O modelo neozelandês transformou o país em referência mundial na produção de leite de qualidade e maior exportador de produtos lácteos do mundo.

Segundo o coordenador-geral da Aliança Láctea Sul-Brasileira, Airton Spies, a lógica do modelo neozelandês está centrada na eficiência da produção para tornar o país competitivo no mercado global. “A retirada dos subsídios agrícolas elevou a eficiência e a competitividade do setor leiteiro no país. Além disso, houve investimentos no melhoramento genético, adoção de tecnologias de ponta, ganho de escala de produção, organização dos produtores e da indústria, além da ênfase na gestão da atividade e no sistema de produção a pasto”, explica.

Desafios

Segundo o vice-presidente da Faemg, Rodrigo Alvim, para fomentar a produção leiteira no estado, o produtor precisa melhorar a produção com foco na eficiência produtiva e na qualidade; melhorar a gestão da atividade; estruturar a propriedade, além de analisar e controlar os custos de produção, visando lucro máximo e não custo mínimo. Em sua avaliação, o produtor precisa estar atento a esses passos para aproveitar as oportunidades que se apresentam. “O setor concentra potencial exportador reprimido. No ano passado, o comércio mundial de lácteos movimentou US$ 53,29 bilhões. O Brasil é o terceiro maior produtor mundial, mas detém apenas 0,01% das exportações”, pondera.

Como oportunidades que se apresentam, o vice-presidente da Faemg destaca que há uma tendência de aumento no consumo mundial, com a abertura de novos mercados e a possibilidade de exportações de lácteos para a China, além dos novos acordos comerciais como o que está sendo realizado entre o Mercosul e a União Europeia.

Participaram do Workshop o presidente do Sistema Faemg, Roberto Simões; o embaixador da Nova Zelândia no Brasil, Chris Langley; os deputados estaduais Antônio Carlos Arantes e Coronel Henrique; o subsecretário de Política e Economia Agropecuária da Seapa, João Ricardo Albanez; o diretor técnico da Emater-MG, Feliciano Nogueira e o diretor de operações técnicas da Epamig, Trazilbo de Paula, além de produtores rurais e técnicos.

Leite em números

Brasil – 33,4 bilhões de litros
Nova Zelândia – 22 bilhões de litros (94% destinados à exportação)
Minas Gerais – 8,9 bilhões de litros

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