IMA assina acordo de cooperação técnica com o Mercado de Origem de Belo Horizonte

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IMA assina acordo de cooperação técnica com o Mercado de Origem de Belo Horizonte

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Empreendimento vai aproximar a agricultura familiar do consumidor final, que poderá ter acesso direto aos produtos certificados pelo estado.
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Uma nova era para a certificação de produtos agropecuários. E um marco para a agricultura familiar. Alimentos como café, queijo, azeite e cachaça, e também leite, ovos, frango caipira, carne, frutas e orgânicos serão as estrelas de um empreendimento que funcionará como uma central de produtos e conhecimentos, além de eventos relacionados à agricultura familiar mineira e de todo o Brasil. É o mercado de Origem de Belo Horizonte que vai mostrar o que Minas Gerais tem de melhor, no jeito, nos sabores, e na vida do campo.

Cada vez mais próximo dos pequenos produtores e valorizando os produtos típicos do estado, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), órgão certificador oficial de Minas Gerais, assinou nesta segunda-feira (9/12) acordo de cooperação técnica com o Mercado de Origem de Belo Horizonte, futuro complexo gastronômico e de comercialização de produtos que irá viabilizar a parceria entre as duas entidades com o objetivo de promover a certificação de produtores mineiros, por meio do Programa Certifica Minas.

O acordo foi assinado pelo Diretor-geral do IMA, Thales Fernandes e pelo Presidente da Fundação Doimo – gestora do Mercado de Origem, Elias Tergilene. Com a parceria, as entidades pretendem fomentar o empreendedorismo rural, levando oportunidade de desenvolvimento a milhares de agricultores em todo o estado.

Thales Fernandes comentou sobre a importância da certificação para os produtores e consumidores, além da fundamental interação entre o estado e a iniciativa privada. “O consumidor está cada vez mais exigente. Observo uma mudança de comportamento dos hábitos alimentares, com o consumidor verificando data de validade, prazos e ingredientes. A certificação dá sustentabilidade, agrega valor aos produtos e fortalece a confiança. Ela traz sustentação na propriedade rural. A partir do momento que o produtor certifica, ele cuida melhor do seu produto e do seu negócio”, argumenta o diretor-geral do IMA.

Fernandes lembrou que o IMA trabalha na área de registro e inspeção de estabelecimentos, além da fiscalização do trânsito de produtos, fazendas e lavouras. E considera a certificação “como a coroa de todo este processo”. “Ela é o plus, ela garante rastreabilidade desde o início da produção até a qualidade final do produto. O Mercado de Origem de Belo Horizonte será um espaço para o produtor mostrar a qualidade do seu produto certificado com qualidade garantida. Estamos cada vez mais próximos dos produtores e da agricultura familiar, uma sugestão do nosso governador Romeu Zema. Mais próximo dos produtores, dos empreendedores e próximos de quem produz. Por isso estamos firmando a parceria com o Mercado de Origem”, comemorou Thales Fernandes destacando a credibilidade do Programa Certifica Minas. “Estamos levando muitos produtores para a formalidade. Queremos com este convênio fomentar a certificação e que este empreendimento seja de fato um braço operacional nosso e que possamos ainda delegar competências da certificação para instituições privadas, gerando mais visibilidade ao trabalho do estado junto ao setor produtivo. Temos que caminhar juntos e produzir com eficiência. No mundo de hoje precisamos fortalecer parcerias”, observou.

Além de ser um ponto de disseminação da agricultura familiar para o estado e outras regiões do país, a proposta do Mercado de Origem é romper as fronteiras e levar os melhores produtos para outros países. E abrir o caminho para os produtores. O presidente da Fundação Doimo – gestora do Mercado de Origem, Elias Tergilene, disse que a parceria com o IMA representa um marco para a comercialização, exposição e divulgação de produtos mineiros certificados. “A partir de agora o Mercado de Origem passa a ser também do IMA, que tem todo o escopo sólido de certificação e que contribui para o crescimento do agricultor. O mercado é nosso, é de todos os mineiros. Temos que potencializar a comercialização de produtos no nosso complexo gastronômico. É a área de gastronomia absorvendo todos os produtos da roça, ou seja, de posse de uma matéria prima saudável, a transformamos em um prato maravilhoso. Esse é o desafio do mercado, contribuir com todas as etapas do produto que vem da roça”, disse comentando que há 100 anos Belo Horizonte era uma grande fazenda. “Temos tradição e somos mesmo da roça. Utilizamos muitos materiais, muita tecnologia, mas nunca perdemos nossa cultura de raiz. É a preservação de nossa origem alcançando a expectativa da alta exigência do consumidor mineiro”, argumentou Tergilene frisando o objetivo do Mercado de Origem, que nada mais é que abrir espaço para produtores, cooperativas e associações de agricultura familiar para comercializarem diretamente ao consumidor final, além do atacado, produtos tradicionais, como cafés, queijos, carnes, frutas, bebidas, doces e artesanato.

Ele ressalta que para valorizar a agricultura familiar é imprescindível que os pequenos produtores façam uso de uma estrutura comercial sólida para a promoção de seus produtos. “O problema destas famílias é o atravessador, que muitas vezes pressionam com condições abusivas e preços bem abaixo do mercado. Nossa vocação é empreendedorismo social. Acredito que produzir sem estrutura comercial não dá certo. Temos que potencializar ao máximo o trabalho dos agricultores e diminuirmos os custos gerados pelos processos da cadeia produtiva. Deixo claro que defendemos e preservamos os centros de distribuição tradicionais cuja função é séria e faz parte desta mesma cadeia”, disse.

Certifica Minas - O Programa Certifica Minas, é uma iniciativa do Governo de Minas, coordenado pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento e executado pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-MG) e Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig). As ações de certificação de produtos agropecuários são desenvolvidas, no estado, há mais de uma década. O café é um dos produtos mais tradicionais contemplados pelo programa de certificação. Cachaça, algodão, produtos sem agrotóxicos e orgânicos também já faziam parte da relação de produtos atendidos pelas ações. Por meio da Lei nº 22.926/2018, o Governo de Minas transformou em política pública todas as ações de certificação agropecuárias que já estavam sendo realizadas, incorporando novos produtos ao programa. Passaram a fazer parte das ações azeite, leite, frutas, carne bovina, queijos artesanais.

A adesão ao programa de certificação é voluntária. O interessado deve possuir inscrição estadual em Minas Gerais, requerer ao IMA a adesão ao produto/segmento de seu interesse assinar o contrato e receber auditorias nos empreendimentos inscritos no Certifica Minas, além do pagamento das taxas de certificação, quando aplicáveis. O selo de certificação tem a validade de um ano, podendo ser revalidado, de acordo com o interesse do produtor, após novas auditorias do IMA, o órgão certificador oficial do Estado. Produtores da Agricultura Familiar tem adesão gratuita ao Programa.
Agricultura familiar - No Brasil e no mundo cerca de 70% dos alimentos são produzidos por pequenas famílias em propriedades rurais, segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). No país de cada dez alimentos que abastecem a mesa dos brasileiros, sete vêm de propriedades pequenas, cujas produções são da responsabilidade direta das famílias que trabalham na roça.

Mercado de Origem - O mercado foi desenvolvido pela Fundação Doimo/Grupo Uai, com investimento de R$ 30 milhões. Ao todo, o empreendimento terá cinco pavimentos com 40 mil metros quadrados de área construída. A ideia é que o espaço seja um centro de atacado e varejo para apresentação, exposição e prova de produtos de origem, de forma a proporcionar experiências que façam os visitantes percorrem toda a história do produto e do produtor, da fazenda à mesa. A logística, a armazenagem dos alimentos e a distribuição ficarão a cargo da Fundação Doimo. A seleção dos produtores, certificação e controle de qualidade serão responsabilidade do Governo de Minas. O projeto tem também o conceito de mercado-escola, com foco no conhecimento do público sobre a agricultura, aliada a uma função social pautada pela inclusão do produtor rural.


Rodolpho Sélos
Assessoria de Comunicação/ IMA

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