Epamig é certificada como empresa que manteve projetos socioambientais em ano de pandemia
A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), vinculada à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e integrante do Subcomitê Ribeirão Jequitibá, vinculado ao Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH Rio das Velhas), foi certificada com o Selo Social de combate aos desafios socioambientais em ano de pandemia. Além da Epamig, outras onze empresas e instituições receberam a certificação concedida pelo Instituto Abaçaí. Ao todo, 29 projetos foram realizados, o que contabiliza mais de 80 impactos positivos para o meio ambiente.
Este foi o primeiro ano de aplicação das tecnologias do Selo Social que estimula organizações, qualifica projetos, mensura ações com impactos que melhoram a vida das comunidades locais e colaboram para atingir os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU). Entre as ações realizadas estão o resgate de hortaliças não convencionais (PANC); elaboração de um plano de combate e prevenção a incêndios florestais; assistência técnica aos produtores de hortas urbanas; e campanhas de conscientização contra o abandono de animais domésticos por conta da Covid-19. Clique aqui para conhecer todos os projetos.
Segundo a coordenadora do Subcomitê Ribeirão Jequitibá, Marley Lima, o ano de 2020 foi complexo para a organização, que precisa gerenciar demandas por meio da interação entre as pessoas e trabalhos de visitas às comunidades.
"A pandemia e o distanciamento social nos provocaram, exigiram a busca de novas estratégias para manter a interação entre as pessoas. Para continuar realizando as ações necessárias foi preciso multiplicar a vontade, exercitar a criatividade, reorganizar cronogramas e planejamentos”, destacou Marley.
Para a pesquisadora da Epamig, Marinalva Woods, a certificação do Selo Social traz benefícios para o trabalho da pesquisa agropecuária em Minas Gerais. "O Selo nos dá visibilidade e abre oportunidades para parcerias, além de reafirmar e demonstrar que a pesquisa agropecuária trabalha em benefício da sociedade", defendeu.
Epamig e o resgate de hortaliças PANC
Você já ouviu falar de ora-pro-nóbis, serralha, azedinha, chuchu-de-vento, vinagreira e araruta? Graças a hortas caseiras, a tradição de plantar essas e outras hortaliças, sobretudo em municípios do interior, está mais viva que nunca. Além disso, os trabalhos de pesquisa e extensão têm feito com que o cultivo e o consumo de hortaliças não convencionais aumente cada vez mais no Brasil.
A Epamig desenvolve pesquisas com as hortaliças não convencionais. No Campo Experimental de Santa são realizadas parte das atividades do projeto de resgate de hortaliças PANC junto a comunidades do Centro-Oeste de Minas Gerais assistidas pelo Subcomitê Ribeirão Jequitibá. O projeto consiste na recuperação de antigos saberes e sabores da culinária mineira, com foco na biodiversidade, nos valores culturais, na alimentação saudável e na diversificação da renda de agricultores familiares.
Desde 2008 a Epamig dispõe de um banco de manutenção e multiplicação de hortaliças não convencionais. De acordo com a pesquisadora da Epamig, Marinalva Woods, essas hortaliças são ricas em nutrientes, vitaminas e sais minerais e são uma forma fácil e acessível de trazer diversidade para a alimentação.
"A forma como cada hortaliça é usada na alimentação varia de região para região do país. Geralmente são utilizadas folhas, frutos, flores, talos, raízes e sementes, em diversas preparações: saladas cruas e cozidas; refogados, sopas, cremes e molhos; omeletes, pastas, patês, recheios e suflês; produtos de panificação, massa de macarrão, pães, biscoitos e bolos; chás, sucos e geleia; em preparações com carnes, frango e como acompanhamento de arroz, feijão, angu e outros", destaca Marinalva.
A Epamig disponibiliza cartilhas gratuitas sobre flores comestíveis e hortaliças não convencionais. Para fazer o download, clique nos links abaixo.
Cartilha de hortaliças não convencionaisBaixar
Epamig/Ascom
Foto: Divulgação