Recursos do Proalminas resgatam cultivo do algodão por agricultores familiares do Norte de Minas

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Recursos do Proalminas resgatam cultivo do algodão por agricultores familiares do Norte de Minas

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Secretária de Agricultura visitou centro de tecnologia em Catuti, que já é usado pra treinamento internacional e recebeu recursos da Agência Brasileira de Cooperação, vinculada ao Ministério das Relações Exteriores, e da Universidade Federal de Lavras (Ufla)
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Após um salto na produtividade média de 50 para 200 arrobas de algodão em caroço por hectare, o Programa Mineiro de Incentivo ao Algodão (Proalminas) entra em uma nova etapa. Com investimentos de mais de R$ 2 milhões da Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores e da Universidade Federal de Lavras (Ufla), foi construído o Centro de Desenvolvimento de Tecnologias Algodoeiras de Catuti (Cedetac), no Norte de Minas, que vai receber uma usina de beneficiamento de algodão. O processo de licitação das obras foi realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). 

Atualmente, a produção é beneficiada em uma miniusina no município vizinho de Mato Verde, o que impõe aos produtores uma espera de até 9 meses para beneficiamento da produção. Com a nova planta, prevista para ser inaugurada em março de 2022, esse prazo deve cair para cerca de 3 meses. “A capacidade de processamento, que é de 3 mil quilos por dia na miniusina, saltará para 23 mil quilos diários após a conclusão da nova unidade. Com isso, devemos ampliar e muito a área plantada", afirma o coordenador do Projeto de Retomada do Algodão no Norte de Minas, José Tibúrcio de Carvalho Filho.

Até o momento, foram investidos R$ 601 mil do Fundo Algominas na compra de equipamentos, serviços, consultoria e frete. Por se tratar de uma estrutura complexa, o processo de montagem do maquinário vem sendo executado pela Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa) desde 2018 com recursos do fundo, que foi criado em 2003 para garantir o funcionamento do Proalminas. O programa é executado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), em parceria com a Amipa, prefeituras, cooperativas, produtores e a indústria têxtil.

As instalações do Cedetac receberam, nesta quinta-feira (2/9), a visita da secretária de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ana Valentini; do subsecretário de Política e Economia Agropecuária, João Ricardo Albanez; do presidente da Emater-MG, Otávio Maia e do presidente da Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa), Daniel Bruxel. A estrutura do centro já conta com escritórios, salas de reunião, treinamentos, sede da cooperativa e um galpão, que receberá a usina.

Além de fortalecer a cadeia produtiva, toda a estrutura será usada para o treinamento de produtores de países africanos interessados transferência de tecnologia dos agricultores familiares de algodão do semiárido mineiro, o que viabilizou o aporte dos recursos do Pnud.

A cultura algodoeira vive um momento de fortalecimento da atividade, impulsionada pelas ações executadas pelo programa, responsável pela introdução de novas tecnologias, boas práticas no manejo da lavoura e no controle de pragas. Com a produtividade média quadriplicada nas últimas duas décadas e o avanço do emprego e da renda, a região atraiu o interesse de países onde o cultivo do algodão apresenta as mesmas características da agricultura familiar do semiárido mineiro, caso do continente africano.

Irrigação de Salvamento

Outra ação desenvolvida pelo Proalminas no Norte do estado que também recebeu a visita das autoridades foi a irrigação de salvamento das lavouras. Com um período curto e concentrado de chuvas na região, o desafio era garantir a oferta de água nos períodos críticos de seca, evitando o estresse da planta e comprometimento da produtividade.

Por meio do programa foram disponibilizados 30 kits de irrigação por gotejamento, bombas e a construção de tanques escavados em áreas de um hectare. Essas 30 áreas se transformaram em 290 hectares irrigados. Nas safras seguintes, com o aumento da produtividade, os próprios produtores investiram. Resultado: a média da produtividade do algodão em caroço que era de no máximo 50 arrobas por hectare subiu para 200 arrobas.

“É uma satisfação ter a oportunidade de conhecer pessoalmente o resultado de uma política pública, que vem sendo desenvolvida há quase duas décadas, trazendo resultados para os agricultores familiares. Esta política pública modificou a realidade, trazendo oportunidade, renda e melhora da qualidade de vida da população”, avaliou a secretária Ana Valentini.

Também participaram da visita ao município de Catuti prefeitos dos municípios situados no território da Serra Geral, representantes do Banco do Nordeste, Banco do Brasil e do Sicoob Sistema Crediminas.

 

Márcia França e Cássia Eponine - Ascom/Seapa

Foto: Cássia Eponine - Ascom/Seapa

 

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