Epamig recebe selo social por projeto sobre o resgate de hortaliças não convencionais

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Epamig recebe selo social por projeto sobre o resgate de hortaliças não convencionais

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Esta é a segunda vez consecutiva que o Campo Experimental de Santa Rita é agraciado
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A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) conquistou o Selo Social pelas ações para o resgate de hortaliças PANC realizadas no Campo Experimental de Santa Rita, sede da Epamig Centro-Oeste, em Prudentes de Morais. A certificação, concedida pelo Instituto Selo Social em parceria com a WWF Brasil, atesta o compromisso com os objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS), baseado em 17 metas da Agenda 2030, estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Pela segunda vez consecutiva, a Unidade conquista a certificação, que reconhece o compromisso com cinco dos objetivos declarados pela plataforma do Selo Social: Fome Zero e Agricultura; Saúde e bem-estar; Educação de qualidade; Consumo e produção responsáveis; e vida terrestre. Além dos impactos sociais gerados pelo projeto.

"O Selo atesta como a Epamig, ao cumprir a sua missão de 'Pesquisar, capacitar e apresentar soluções e inovações para o desenvolvimento sustentável da agropecuária e agroindústria em benefício da sociedade', contribui de forma efetiva para o cumprimento de alguns dos ODS e por conseguinte da Agenda 2030, da qual o Brasil é signatário, ou seja, Minas Gerais está contribuindo para que o acordo seja cumprido", avalia a pesquisadora Marinalva Woods, responsável pela proposição do projeto.

Em 2021, o Selo Social assessorou 416 projetos em quatro estados do Brasil e contou com o envolvimento de mais de 180 instituições dos três setores da sociedade em atividades em rede, formações e encontros, apesar das limitações necessárias no combate à pandemia da covid-19. De acordo com os dados da Plataforma, mais de 1.550 impactos sociais positivos foram alcançados nas diferentes áreas de atuação.

Marinalva Woods acredita que o selo favorece a articulação das diferentes instituições em redes como forma de ampliar o alcance dos projetos em desenvolvimento. "O selo possibilita que boas ações, como aquelas que são efetivas na contribuição para as melhorias da sociedade nos diversos aspectos (sociais, econômicos, ambientais) sejam copiadas e multiplicadas, uma vez que os formatos de apresentação do projeto e de seus resultados deixam bem claros esses impactos".

As pesquisas

Os projetos desenvolvidos buscam resgatar o cultivo e o consumo dessas hortaliças que compõem o grupo da Plantas Alimentícias Não Convencionais – PANC. Além de proporcionarem uma nova fonte de renda para agricultores familiares, essas plantas atuam na diversificação alimentar, por meio da oferta de produtos mais nutritivos, e são, em sua maioria, rústicas, de fácil cultivo e ricas em vitaminas e sais minerais. Essas espécies, que fazem parte da tradição culinária e cultural de diferentes regiões de Minas Gerais e do Brasil, contam também com um componente afetivo, uma vez que há alguns anos, várias dessas espécies eram facilmente encontradas em quintais e hortas domésticas.

A Epamig, a Emater-MG, o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), a Embrapa, as universidades federais de Viçosa (UFV) e de São João del-Rei (UFSJ), associações, produtores e algumas prefeituras mantêm os Bancos Comunitários de Multiplicação e Conservação de Hortaliças Não Convencionais. Um desses bancos funciona no Campo Experimental Santa Rita, em Prudente de Morais, e atende a produtores e hortas comunitárias de municípios da região, sendo responsável por atender os produtores e as hortas comunitárias dos municípios da região.

Dentre as espécies estudadas estão a araruta, usada para a obtenção de polvilho e farinhas; a azedinha, consumida em saladas ou como ingrediente na composição de recheios e ensopados; a capuchinha, também conhecida pelas propriedades medicinais; o ora-pro-nóbis, utilizado no preparo de caldos e na combinação com frango e costelinha de porco; dentre outras plantas. A correta identificação destas hortaliças é importante para garantir a segurança no consumo e evitar intoxicações. A taioba, por exemplo, sempre deve ser consumida cozida ou refogada.

Difusão de tecnologias

A retomada das atividades presenciais permitiu que a Epamig Centro-Oeste, reunisse novamente agricultores de municípios vizinhos em um dia de campo sobre horticultura, no final do mês de outubro. "Esse foi nosso primeiro evento focando especialmente em horticultura e teve um impacto muito positivo, pois tivemos diversos relatos de produtores sobre o quanto as discussões vão proporcionar avanços na produção e na forma de disponibilizar seus produtos para o consumidor", conta Marinalva Woods.

A pesquisadora destaca também a participação, recente, em um dia de campo em Brumadinho. "Seguimos aos poucos retomando as atividades presenciais, conforme as orientações de segurança. Mas, acredito que muitas ações no modo virtual continuarão a acontecer por propiciar a participação e a obtenção de informações por pessoas distantes. Desta forma, a Epamig possibilita que produtores, técnicos e comunidade em geral acesse e usufrua ainda mais das soluções geradas para o setor agropecuário", opina.

 

Mariana Assis - Ascom/Epamig

Foto: Marinalva Woods/Divulgação

 

 

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