Epamig debate cria e recria de bezerros na 14º Semana de Integração Tecnológica

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Epamig debate cria e recria de bezerros na 14º Semana de Integração Tecnológica

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Evento realizado em modelo presencial e virtual ocorreu entre os dias 9 e 13 de maio. Parte do conteúdo está disponível no YouTube
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A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) participou da 14ª edição da Semana de Integração Tecnológica (SIT), evento realizado em parceria com a Embrapa Milho e Sorgo, Emater-MG, Sistema Faemg e Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ).

A 14ª SIT contou com programação virtual e presencial no município de Sete Lagoas (MG). Neste ano, o encontro se voltou para temas como o desenvolvimento regional, a inclusão socioprodutiva e o empreendedorismo.

A programação contemplou capacitações em forma de seminários, Dias de Campo, cursos e palestras, bem como um espaço para conexões e inovações. No total, a 14ª SIT levou ao público quatro seminários, seis Dias de Campo, 28 cursos e 12 palestras.

Dia de Campo da Epamig na 14ª SIT

O dia 12 de maio, quinta-feira, foi marcado por palestras e trocas de ideias sobre cria e recria de bezerros.

Dentre os seis Dias de Campo (DDC) programados para a 14ª SIT, a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) foi responsável por conduzir, na modalidade virtual, um DDC sobre tecnologias para cria e recria de bezerros. A atividade foi gratuita com transmissão ao vivo no canal da Epamig e da Embrapa no YouTube.

O Dia de Campo contou com quatro estações (palestras). O pesquisador da Epamig, Marcos Brandão, deu início às discussões e chamou atenção para questões de saúde animal com foco na lucratividade da pecuária leiteira.

"Se o produtor tiver sucesso na cria e recria de fêmeas, ele vai conseguir fazer a reposição e ainda vão sobrar animais para venda. Quanto mais eficiente o produtor for nisso, maior será a lucratividade do sistema dele", afirmou o pesquisador.

Em seguida, o zootecnista do Programa de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira (PDPL), Renato Shinyashiki, falou sobre nutrição animal na etapa de cria e recria. Renato defendeu que, para um bom manejo alimentar, é fundamental agrupar os animais em lotes por tamanho, idade e exigências de consumo.

Para o zootecnista, os lotes facilitam o monitoramento, a comparação e a observação rotineira. "Os custos associados à criação de novilhas são investimentos. Cortar gastos nessa fase, em longo prazo, pode ser um erro", explicou.

O líder regional da Prodap, Tiago Moreira, trouxe uma reflexão sobre manejo rotacionado. De acordo com ele, é necessário pensar as particularidades de cada propriedade rural e não apenas seguir fórmulas e produtos conceituados no mercado.

"Cada negócio tem suas particularidades. Fazendas dentro de um mesmo bioma têm suas particularidades. Então a gente tem que fazer avaliações muito criteriosas para tomar decisões para que o sistema que seja implantado gere margem e giro, independente se for de leite ou de corte".

Para encerrar o Dia de Campo virtual, o professor da Universidade Federal de São João del-Rei, Antônio Steidle Neto, conduziu uma palestra sobre instalações para cria a recria de bezerros. O professor mostrou fotos e vídeos de abrigos individuais móveis, bezerreiros tipo argentino e baias coletivas fixas.

As palestras na íntegra, bem como as interações com público feitas pelo chat, estão disponíveis no canal do Youtube da Epamig (clique aqui).

Bovinocultura em foco na 14ª SIT

Na manhã do dia 12 de maio, um seminário online e gratuito destacou formas de lucrar com a bovinocultura sob moderação da analista técnica do Senar-MG, Marília Pereira.

O pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Samuel Oliveira, falou sobre a conjuntura econômica da pecuária leiteira no Brasil. Segundo ele, a adoção de novas tecnologias por grande parte dos produtores, aliada a cuidados com a alimentação e o ambiente, são fatores responsáveis por um drástico aumento da produtividade nacional.

"O que temos visto é uma revolução na produção leiteira do Brasil. Temos novas regiões produtoras de leite com adoção de novas tecnologias. Em alguns municípios de Minas Gerais e no Sul do país é possível identificar padrões de produção de primeiro mundo em termos de tecnologia e produtividade", destacou Samuel Oliveira.

O médico veterinário, Marcus Vinícius Moreira, falou sobre a viabilidade econômica da cria e recria de bezerros em fazendas leiteiras. Para embasar sua fala, o veterinário usou dados de 30 propriedades rurais assistidas pelo Programa de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira (PDPL).

Marcus Vinícius afirmou que é muito importante buscar animais com idade ao primeiro parto (IPP) mais baixas para que o produtor obtenha melhores retornos financeiros. De acordo com ele, para haver redução na IPP é necessário mais investimentos na fase de cria e recria, sobretudo para garantir boa nutrição dos animais.

"O aumento dos custos é justificado por maiores produções por vaca, por área. Isso significa, na verdade, aumento da renda do produtor e retorno do capital investido na reposição das fêmeas leiteiras mais rapidamente", explicou o médico veterinário.

Em seguida, a pesquisadora da Embrapa Gado de Leite, Mariana Campos, conduziu uma reflexão sobre indicadores para cria e recria de bezerros. Mariana enfatizou que o investimento, de longo prazo, é como uma roda que precisa girar de maneira correta. A harmonia dos fatores envolvidos no processo é fundamental para o sucesso da atividade, tanto leiteira quanto de corte.

"Para essa roda girar, ou seja, para a cria e recria de bezerros ocorrer de maneira eficiente, vários fatores estão envolvidos. Cuidados com recém nascido, nutrição adequada, práticas sanitárias higiênicas e mão de obra capacitada são primordiais. Sem observar esses fatores, dificilmente a roda vai girar corretamente", enfatizou.

Para encerrar o seminário, o produtor de leite, Helson Andrade, contou sua experiência de sucesso na atividade leiteira em parceria com o extensionista da Emater-MG, Paulo Nammur.

Helson começou a empreender no ano de 2015. Mas, diante de resultados insatisfatórios, foi apenas em 2018 que o produtor passou a investir em recuperação de pastagens, implantação de pastejo rotacionado, correções de solo, adubação e aplicação de suplementação para o gado.

"Minha fazenda possui 85 hectares, e eu utilizava toda essa extensão de terra dividida em quatro pastos. A capacidade máxima que a fazenda suportava era 60 animais, isso na época das águas. Com a implantação desse sistema, hoje eu utilizo somente 42 hectares e com a lotação de 94 animais. Economia de espaço e aumento de renda", comemorou o produtor.

O seminário na íntegra está disponível no canal do Youtube da Embrapa (clique aqui).

A Epamig é uma empresa vinculada à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa).

 

Bruno Guimarães - Ascom/Epamig

Foto: Erasmo Pereira/Epamig

 

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